No dia 15 de Maio, os trabalhadores ferroviários alagoanos da Central Brasileira de Transporte Urbano (CBTU) decidiram, em assembleia, entrar em greve. Somando-se às mobilizações de mais outros 5 estados – João Pessoa (PB), São Luís (MA), Recife (PE), Natal (RN) e Belo Horizonte (MG) – a paralisação da categoria entra em sua terceira semana e conta com adesão de quase 100% dos ferroviários. Os trabalhadores administrativos e operacionais reivindicam redução da jornada de trabalho, concurso público, reposição salarial, aumento real, plano de saúde de qualidade, plano de carreira, PR igualitária e 2% do PIB para o transporte público.
O descaso do Governo Federal com os trabalhadores ferroviários soma-se a falta de investimento na manutenção e recuperação das estradas ferro. Exemplo desse descaso é a linha férrea que passa pela cidade de Rio Largo, que continua destruída após a enchente de 2010, deixando a população apenas com a opção dos ônibus urbanos.
Estouram greves por todo país
Os ferroviários de Alagoas se juntam com outras categorias que estão em greve, ou com indicativos de greve, contra a precarização dos serviços públicos levada a cabo pelo governo Dilma/PT.
Várias categorias se mobilizam, já são mais de 50 universidades paradas contra a precarização da educação e o corte de verbas do governo. A maioria dos servidores federais já apontam greves. Agora, no início de Junho, entre eles estão os trabalhadores dos institutos federais (IFET’s), técnicos das universidades federais, trabalhadores do IBAMA, do IBGE, Judiciários, Fisco que tem assembleias marcadas até o dia 11 de Junho. Essa é a resposta que os trabalhadores apresentam às políticas do governo federal.
Dilma/PT usa o discurso de que o momento exige austeridade e controle fiscal, para evitar os efeitos da crise econômica no Brasil, dessa forma impõe o reajuste zero para os servidores públicos, além de novos ataques à Previdência. Dilma faz cortes no orçamento, contundo continua destinando quase metade do PIB (49,15%) para o pagamento de juros e parcelas da divida pública, ou seja, ao invés de mais verbas para salários e recursos para Saúde e Educação, destina o dinheiro para banqueiros.
Ao longo da história do nosso país, só conseguimos avançar em direitos e soluções aos problemas sociais com muita luta! A vitória conquistada na greve dos metroviários em São Paulo é um exemplo. Que venham as greves, as manifestações na rua e toda forma de luta!
Nós do PSTU, em todo o Brasil, defendemos um serviço público democrático, voltado para os interesses da classe trabalhadora e por ela controlado e estamos apoiando todas as greves e lutas dos trabalhadores em todo país. Por isso queremos através desta nota declarar todo nosso apoio e solidariedade a greve dos trabalhadores ferroviários de Alagoas que vem sofrendo com as perdas salariais sistemáticas e com o esquecimento do governo do PT.
PSTU-AL
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