segunda-feira, 21 de maio de 2012

O movimento grevista na UFAL: uma resposta necessária ao Governo Dilma Rousseff




        
Nestes últimos dias, vimos o que há muito tempo não esperávamos: um processo de radicalização da categoria docente em várias universidades federais. Contam-se 32 institutos federais que aprovaram a deflagração da greve. UFMA, UFS, UFCG estão dentro desse processo. Na UFAL não foi diferente. A votação massiva de apoio a greve, com apenas 8 abstenções e nenhum voto contrário, deixou claro um sentimento de insatisfação das bases com o não cumprimento dos acordos até então firmados entre a direção do ANDES e o governo federal.



          Este sentimento já se fazia presente no dia 25 de abril, onde institutos federais decidiram paralisar suas atividades, para demonstrar publicamente a cara do Governo Dilma, que, ao contrário de seu discurso, vem descumprindo os prazos e acordos que tratam de aumento de salários, em especial. Em vez de cumprir com esses acordos, vem a cada dia cortando mais verbas da educação  e áreas sociais (o mais recente corte foi de mais de 2 bilhões, apenas na educação),  além de levar a cabo o desmonte do que restava da previdência pública. A aprovação da EBSERH, nos últimos  momentos de mandato de seu antecessor Lula, também é reflexo direto do descaso do governo para com os trabalhadores, em sua grande maioria, usuários de serviços públicos.
     
                Esses ataques diretos recaem também sobre a juventude. Com o "aniversário" de 5 anos de aprovação do REUNI podemos ver os reflexos claramente negativos dessa política à nível nacional e estadual. Na UFAL existem muitos cursos que não possuem salas de aula suficientes para estudo. O projeto de interiorização da universidade através dessa política fez com que a expansão dos campi para outras cidades fosse feita sem nenhuma qualidade. Exemplos concretos disso não faltam: turmas que tem aulas sem a mínima estrutura para comportar salas de aula. Existem casos de campus que tem aula em colégios, com condições claras de deterioração

                Nós, PSTU – AL, por entendermos a necessidade de uma resposta unificada às medidas de desmantelo das áreas sociais, como saúde e a educação pública, nos solidarizamos com a mobilização dos docentes. Entendendo que Brasil é um país com injustiças sociais, precisamos seguir o exemplo das mobilizações recentes à nível internacional, contra essas injustiças, politizando o máximo possível a greve.

          É mais do que pertinente a reivindicação por uma expansão de qualidade, com os 10% do PIB para a educação pública já. Essa exigência deve vir acompanhada de apoio total à categoria docente. A presença nas mobilizações e a unificação com outros setores consideráveis do funcionalismo público, como o IBGE, SINASEFE, FASUBRA, CBTU, alguns com indicativo de greve e outros, como a CBTU, já em paralisação nacional, também é de fundamental importância para manter a unidade de todo o ativismo presente nessas lutas. Unificar as lutas dos professores, técnicos e funcionalismo, essa é nossa tarefa.


PSTU – AL

0 comentários:

Postar um comentário