As mulheres trabalhadoras têm um fardo muito pesado para carregar, precisando trabalhar em empregos cada vez mais precarizados, em troca de um salário baixo. Os governos não dão condições para o cuidado com a saúde, não investem em boas escolas, creches e acesso ao lazer, de forma pública e de qualidade. Nem mesmo acesso a uma moradia segura sem risco de desabamento pelas chuvas. Enquanto isso, o patrão tem acesso às melhores escolas, moradia, saúde, viagens e a todos os tipos de privilégios.
As trabalhadoras recebem menos que os homens para desempenhar as mesmas tarefas, com isso o patrão lucra mais e a renda familiar diminui. Enfrentam duplas, e até triplas jornadas de trabalho. São as maiores vítimas do desemprego. São vítimas também de violência, do lado de fora de suas casas e do lado de dentro, por parte dos companheiros ou familiares, no campo e na cidade.
A lei Maria da Penha trouxe para a sociedade o debate da violência contra as mulheres e pune alguns agressores, mas não é, nem de longe, o suficiente para enfrentar o problema. A lei não garante, por exemplo, uma questão fundamental: a construção de Casas Abrigo para cuidar e proteger as mulheres vítimas de violência. E ainda são poucas as delegacias especializadas na defesa dos direitos da mulher.
Em Maceió, só existem duas delegacias da mulher, uma no centro da cidade e outra localizada no bairro do Salvador Lyra, e apenas esta última registrou 474 denúncias em fevereiro de 2011. Os bairros de maior índice de violência contra a mulher são o Vergel do Lago, Benedito Bentes, Tabuleiro do Martins, Jacintinho e Chã da Jaqueira. As trabalhadoras de Maceió precisam de delegacias da mulher em seus bairros de moradia!
Temos agora uma mulher na presidência, mas que infelizmente não está do nosso lado. Ao mesmo tempo em que Dilma aumenta as verbas do Bolsa Família, ela fará cortes de R$ 50 bilhões no orçamento esse ano que irá afetar a educação, a previdência, a saúde e a moradia. A economia brasileira cresceu, mas quem recebe salário mínimo (a maioria, mulheres) só recebeu um aumento real de 1,3%. Enquanto isso, os deputados recebem 62% de aumento nos seus salários, Dilma recebe um aumento de 134% em seu próprio salário e os banqueiros e investidores estrangeiros recebem cada vez mais dinheiro dos cofres públicos.
Ao contrário do que nos é passado todos os dias, essa sociedade desigual não “é assim e sempre será”. O que foi feito por seres humanos pode ser mudado por seres humanos organizados e conscientes.
Nós do PSTU exigimos: creches e restaurantes públicos para livrar as mulheres dos serviços domésticos; o aumento do salário mínimo de acordo com o DIEESE (R$ 2.194,18); carteira assinada e emprego seguro; a legalização do aborto, pela obrigatoriedade do atendimento pelo SUS. E lutamos para uma mudança revolucionária e socialista na sociedade, pelo fim de todos os tipos de desigualdade social!
A luta da mulher trabalhadora é também uma luta do conjunto dos trabalhadores! Não basta ser mulher, tem que ser socialista!
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