As lutas na Europa e a revolução árabe em curso mostram que os trabalhadores não estão dispostos a pagarem pela crise capitalista, iniciada em 2007 e ainda não sanada. Os trabalhadores resistem aos ataques das grandes empresas e dos Governos aos seus salários e a retirada de direitos historicamente conquistados.
O Brasil, embora mantenha um relativo crescimento – graças ao forte desenvolvimento chinês – reproduz esses mesmos ataques aos trabalhadores. O Governo Dilma aproveita-se da sua popularidade e do momento de aparente estabilidade do país para impor uma política de arrocho salarial e desmonte dos direitos e do serviço público. O país cresce, mas a vida dos trabalhadores não vai nada bem, com inflação, baixos salários, longas jornadas e dívidas. Só quem está ganhando com essa situação são os banqueiros, os grandes empresários e o agronegócio.
Por isso, nestes pouco mais de seis meses de governo Dilma não temos nada a comemorar, a não ser as lutas dos trabalhadores, de que são exemplos a construção civil, os metalúrgicos, os professores, os bombeiros do RJ e o funcionalismo publico.
A greve dos técnico-administrativos da UFAL e das demais IFES é mais uma luta contra as políticas do Governo. Além de não apresentar nada nas “mesas de enrolação”, Dilma ainda tenta desmontar o PCCTAE, congelar os salários dos servidores por 10 anos (PL 549/09), privatizar os HÚs (PL 1749/11), entre outros absurdos.
Os técnicos já venceram uma primeira batalha. A CUT e a CTB, para defender o Governo, colocaram-se contra a luta dos técnicos, tentando acabar com a greve através de manobras no interior do movimento grevista nacional. Mas essa minoria governista sofreu uma derrota retumbante nas bases. O recado dos técnicos foi claro: não cederão as pressões do Governo, das Reitorias e da pelegada.
Agora, a greve continua com mais força e a ela deverá se somar outras categorias do serviço público federal, como os docentes das IFES e os servidores dos IFs (ex-CEFETs). Só a luta e a unidade dos trabalhadores poderão deter a retirada de direitos e o desmonte do serviço público!
Exigimos que o Governo Dilma negocie imediatamente com o Comando Nacional de Greve e atenda a sua pauta de reivindicações!Pela correção salarial dos servidores públicos!
Abaixo ao PL 549/09 que congela os salários dos servidores por 10 anos!
Abaixo ao PL 1749/11 que privatiza os HUs!
Por 10% do PIB para educação já!
1 comentários:
A Ufal sempre foi e será o farol da inteligência e da resistência alagoana. Fui Ufal 1982/1987 com muito orgulho.Contemporânio de Ilustres e combativos alagoanos como: Tutmés Airam, Ricardo Coelho, Arakem, Marcão, Thomás Beltrão, Paulo Sardinha dentre tantos outros.
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